Ao abrir um periódico especializado em lutas, nas seção de cartas do
mês, tive a grata satisfação de ler uma correspondência de um integrante da
equipe de um grande amigo meu no Piauí. O mesmo cita sobre o excesso dos
esforços e aulas voltadas para o Jiu Jítsu esportivo e questiona por onde anda
a arte essência, o que aconteceu com os ensinamentos deixados pelos Mestres
Carlos e Hélio Gracie? E chega ainda mais longe, sugere que lutadores atuais
ainda desconheçam que foram tais Mestres! Para o mesmo, isso tem sido fator
determinante para o que ele chama de “...fiasco num combate real ou no MMA”.
Com certeza, o que podemos notar nos dias de hoje é o avanço nos
incentivos à profissionalização do Jiu Jítsu e logo tem se investido na massificação
do esporte, com grandes competições de altíssimo nível e muito bem patrocinadas,
com grandes premiações e isso é o que tem sido a grande ferramenta, a aposta de
maior valor dos órgãos competentes e responsáveis por promover e difundir da
Arte Suave no mundo moderno. Mas as academias devem se preocupar ainda mais do
que nunca em não deixar que todo o esforço dos nossos antepassados caia no
ostracismo, assim é necessário que professores, se preocupem em ensinar em ensinar
quem foram os homens que fizeram todo isso acontecer, a causa e os causadores
de estarmos no nível em que nos encontramos hoje, logo aplicar exames de faixas
nas academias é tão importante (ou mais) para avaliação de nível do que
simplesmente olhar se o atleta é campeão ou não. Aulas de defesa pessoal devem
estar nos planos de aula de qualquer escola de Jiu Jítsu por menor que seja,
bem como aulas de quedas ou seja técnicas de projeções (como as vistas no
judô), assim preservaremos os ensinamentos deixados pelos grandes mestres.
Grande abraço
“Uma vez DBK...DBK para sempre!”
RICARDO COSTA
(FAIXA PRETA DBK 2º GRAU)