Como todo brasileiro amante das lutas e
hoje em especial o MMA, que é a modalidade que melhor traduz um lutador
completo, também me acostumei a fazer desses atletas, ídolos, principalmente
aqueles que representam o Brasil em outros Países. São estes alguns de nossos
“super-heróis modernos”.
Na noite de sábado, 06 de Julho de 2013,
vimos uma das maiores “zebras” que o maior evento de MMA do mundo, o UFC já nos
apresentou. A derrota de Anderson Silva. Indiscutivelmente o assunto esportivo
mais comentado do fim de semana. Apesar de não ser tão fã dele – minha maior
expectativa para o UFC 162 era a estréia de Roger Gracie, legítimo
representante do JJ – também fiquei triste e até por instantes meio sem
saber o que pensar na hora da queda do nosso maior representante da noite, até
pela forma como se deu a luta e como ocorreu a derrota, uma situação até certo
ponto vexatória. Ouvi, assisti, vi e li muitos comentários e críticas de
especialistas e leigos, de gente que tem propriedade no que diz e pessoas que
pensam que MMA é futebol... As redes sociais “bombavam”, críticas, frustrações,
acusações, etc... Comentários até maldosos, de quem antes achava linda e
fantástico a forma de Anderson lutar (imitando Mohammed ali) e agora chama de
irresponsável. Algumas pessoas para justificar a fatídica noite falam em “luta
comprada ou armada”! Como temos facilidade em usar essa expressão para tudo no
Brasil, seja para as eleições políticas, Olimpíadas, Formula 1, Copa do Mundo,
UFC... Mas o que não devemos esquecer é
que apesar do fato ocorrido, do drama que foi para os que torcem sempre por uma
boa e justa luta e para nós patriotas, ali havia um brasileiro, lutador, homem
de 38 anos, Campeão que defendeu seu título por 11 vezes, considerado pela
mídia especializada o melhor peso por peso de todos os tempos, o recordista em
vitórias e defesas do cinturão e que expôs ou testou o seu limite e pagou um
duro e caro preço. Do outro lado havia outro campeão que manteve o foco na
luta, não caiu nas armadilhas técnicas, táticas e psicológicas do adversário
(parabéns ao córner dele), que sabia ser muito superior.
Os anos me ensinaram que luta são
“perguntas e respostas”, alguém ganha... Alguém perde... Ninguém é invencível,
imbatível. Devemos sempre procurar usar a razão e o bom senso ao expressar uma
opinião. Ao criticar, que possamos usar um conhecimento fundamentado, observar, analisar e assim não correr o risco de sermos “nocauteados” por nossas emoções ou
nossas línguas. Até porque, nesse caso em específico há muitos interesses
pessoais, financeiros e empresariais em jogo. Que se aprendam as muitas lições nos
passadas em uma só noite, que nós fãs, expectadores, lutadores, professores,
admiradores, atletas, possamos observar erros e não os repetir.
Grade abraço!
Oss
RICARDO COSTA
(FAIXA PRETA DBK 2º GRAU)