PERSEGUINDO O SONHO




       Finalmente estamos na última semana do reality show: “The Ultimate Fighter Brazil – Em Busca de Campeões”. Para esses jovens guerreiros, em especial para os quatro finalistas, será a realização de um sonho que vem, certamente, sendo perseguindo há tempos.

      Coincidentemente, assisti a uma reportagem sobre jovens atletas que a exemplo de nossos candidatos a astros do MMA, só que em outras modalidades esportivas como futebol e beisebol, também perseguiram seus sonhos. Logicamente para todos eles, o caminho foi longo e árduo, dificuldades, algumas frustrações, mas todos conseguiram mesmo que um breve instante estar em um grande time da Europa, na liga americana de Beisebol, na NFL, NBA e em tantas outras grandes oportunidades que o esporte pode oferecer a quem acredita no próprio potencial e toma sua modalidade esportiva como uma profissão e a esperança de um futuro sólido.

      O que me chamou a atenção foi como estes se comportavam ao chegar lá, de frente com a grande oportunidade, as portas de um sucesso, de uma carreira bem sucedida, de salários astronômicos para aqueles que muitas vezes cedo abandonaram os estudos (condição básica para sobrevivência em uma sociedade concorrente e capitalista), como jovens que em sua grande maioria vem da classe “C”, deixa escapar a grande chance da vida.

      Questões acerca disto têm que ser levantadas e refletidas como: será que este jovem realmente está pronto para condição do novo mundo que irá conhecer? Por que será que grandes lutadores, jogadores e outros em eventos menores como, divisões de base ou menores, eventos de menor expressão não conseguem repetir o mesmo desempenho quando estão na principal? Estas entre outras devem ser pensadas e repensadas por atletas, familiares e empresários, pois foi muito comum e grande a queixa de quem troca de país a questão do idioma, outras foram do clima, da alimentação diferente, do aumento da responsabilidade, das cobranças, da rapidez com que as coisas mudam e daí a estrutura mental e espiritual do jovem pode vir a lhe faltar e segue aí um velho ditado que diz: “Mais difícil que ser campeão, é manter-se campeão”.  

     Aos guerreiros que estão na grande final em junho, no UFC Brasil em Belo Horizonte-MG, não desejarei sorte, pois acredito que este é um acessório para quem tem competência e eles mostram muita ao chegar ao final do evento, ficaremos na torcida para que alcancem o almejado sucesso e saibam lidar com tal. Concordo com o colunista da Revista UFC Brasil, Denis Martins, quando ele cita: “Estar lá (UFC) é um privilégio e requer, além de maturidade, dedicação e cabeça no lugar”. Ele ainda completa: “Assinar com o maior evento do planeta, realizar o sonho e cair é mais frustrante do que qualquer derrota por nocaute”.

     Grande abraço e até um aproxima.

     Lembrem-se:
  “... DBK para sempre!”


Ricardo Costa de Souza



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